SÃO PAULO

4 PMs são presos por suspeita de corrupção em presídio militar

Por Paulo Eduardo Dias e Claudinei Queiros | da Folhapress
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução
Viatura da Polícia Militar de São Paulo
Viatura da Polícia Militar de São Paulo

Pelo menos quatro policiais militares que trabalham no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da cidade de São Paulo, foram presos pela Corregedoria da Polícia Militar nesta quarta-feira (11) durante operação para apurar possíveis irregularidades na unidade.

De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), a operação segue em andamento, sem prejuízo ao funcionamento do presídio. Até a publicação deste texto, houve quatro detenções por suspeita de envolvimento em condutas como corrupção, prevaricação (quando servidor público deixa de cumprir ou cumpre de forma inadequada as suas obrigações para beneficiar a si mesmo ou a terceiros) e facilitação de ingresso de celulares no presídio.

O Presídio Militar Romão Gomes é uma unidade destinada a policiais militares condenados pela Justiça Comum ou Militar, ou que ainda aguardam julgamento. Criado em 1957, o presídio está localizado no complexo do Barro Branco, no bairro do Tremembé, que também sedia outras unidades da PM.

Todo policial militar que comete algum crime no estado de São Paulo é levado para o Romão Gomes. Segundo o Tribunal de Justiça Militar do Estado, o presídio abrigava no mês de janeiro deste ano 156 internos, sendo 154 homens e duas mulheres, nos regimes fechado e semiaberto.

No local, o preso é incentivado a participar de trabalhos com o intuito de proporcionar a sua reinserção social. Entre as atividades oferecidas estão: trabalhar no lava-rápido, na horta, na padaria, no apiário, no cuidado dos jardins e serviços gerais e na criação de galinhas e patos. A produção de verduras, ovos e mel é comercializada em um espaço do próprio presídio.

Aos internos também é oferecida a possibilidade de trabalho, com registro em carteira, em uma empresa que fabrica peças para carros instalada dentro do presídio. A cada três dias trabalhados, eles têm a prisão reduzida em um dia.

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