
A irmã de Mariana da Costa Nascimento, vítima de feminicídio em Taubaté, concedeu uma entrevista comovente nesta quinta-feira (12) e relatou os momentos de tensão e dor enfrentados pela família desde o desaparecimento da jovem. Gabriela da Costa Nascimento afirmou que Mariana vivia uma relação conturbada com o ex-companheiro, Luiz Felipe, que chegou a persegui-la e ameaçá-la com frequência após o término.
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De acordo com Gabriela, Luiz Felipe não aceitava o fim do relacionamento e ou a seguir Mariana em diferentes locais, chegando a aparecer armado em seu local de trabalho e monitorá-la em pontos de ônibus. “Ele encurralava ela de todas as formas possíveis. Não dava paz”, contou a irmã.
O último contato de Mariana com a família foi por meio de mensagens. Na noite de domingo, ela informou estar na casa de Luiz Felipe e disse que o relacionamento entre os dois não tinha mais futuro. Às 9h da manhã seguinte, enviou uma última mensagem à mãe dizendo que havia discutido com ele e estava com ódio. Depois disso, não respondeu mais.
Confissão parcial
Luiz Felipe inicialmente negou envolvimento no desaparecimento. Segundo Gabriela, ele chegou a procurá-la e se colocou à disposição para ajudar nas buscas por Mariana. No entanto, após pressão da família e da polícia, ele confessou ter enterrado o corpo. A versão do acusado, segundo seu advogado, é de que encontrou Mariana já sem vida e, com medo, decidiu ocultar o cadáver.
Gabriela contesta a alegação. “Se não foi ele, quem foi? Essa é a pergunta que não quer calar. Todos devem ser investigados, inclusive a ex-sogra e as cunhadas da minha irmã, com quem ela também tinha desavenças”, afirmou.
Mobilização por justiça
A família agora pede justiça. Amigos e parentes se mobilizam nas redes sociais com mensagens de apoio e indignação. Para Gabriela, a resposta mínima diante da brutalidade do crime seria levar o caso a júri popular. “A minha irmã precisa de justiça. Isso não pode ficar desse jeito”, concluiu emocionada.