
A jovem Mariana da Costa Nascimento, de 28 anos, foi encontrada morta na tarde desta terça-feira (10), em uma área rural do bairro Una, em Taubaté. O corpo foi localizado enterrado em um terreno na Rua Marianna Aparecida do Norte da Silva, na Fazenda Canta Galo, após diligências conduzidas pela Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais), que identificou o ex-companheiro da vítima, Luiz Felipe da Silva de Moura, como principal suspeito.
A investigação teve início após o registro de desaparecimento feito pela irmã da vítima, Gabriela Costa, no dia 9 de junho. Mariana havia saído no domingo (8) com Luiz Felipe, com quem mantinha um relacionamento conturbado. Segundo familiares, ela chegou a informar, por mensagem, que estava com o ex e retornaria para casa no dia seguinte. No entanto, após um desentendimento entre o casal, Mariana não voltou para casa e não atendeu mais ligações.
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O caso ganhou urgência após os investigadores confirmarem que a jovem já havia denunciado Luiz por perseguição em abril deste ano e possuía uma medida protetiva em vigor, deferida judicialmente.
Durante as diligências, a equipe da Deic utilizou imagens de monitoramento e identificou uma movimentação suspeita do veículo de Luiz Felipe em direção à zona rural. No local, os policiais encontraram objetos pessoais da vítima, como um par de botas e um celular enrolado em papel, às margens de um rio.
Em seguida, os agentes foram até a casa do suspeito para confrontá-lo. Diante da pressão e da presença de familiares da vítima, Luiz Felipe confessou o crime. Ele relatou que havia enterrado o corpo de Mariana em sua propriedade, mas se recusou a acompanhar os policiais até o local, alegando temer represálias.
Com base nas informações readas pelo suspeito, os investigadores retornaram à Fazenda Canta Galo e, após escavações, localizaram o corpo da vítima. A perícia e o Corpo de Bombeiros foram acionados para auxiliar nos trabalhos. A funerária Sagrada Família realizou a remoção do corpo.
Luiz Felipe foi preso em flagrante por ocultação de cadáver. Em depoimento, já com um advogado, alegou que encontrou Mariana morta em seu terreno e enterrou o corpo. A versão foi considerada inconsistente pelos investigadores diante dos indícios colhidos. O carro e o celular do indiciado foram apreendidos, além dos objetos da vítima encontrados na mata.
Com base nos elementos reunidos, a Polícia Civil representou pela conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. O delegado responsável pelo caso, Vinicius Garcia Vieira, ressaltou que a gravidade do crime e o risco de fuga justificam a medida cautelar. A autoridade policial destacou ainda que o crime foi cometido em contexto de violência doméstica, o que agrava a tipificação para feminicídio com causa de aumento de pena.
O caso continua sendo investigado pela Deic de Taubaté, que deve concluir o inquérito nos próximos dias com base em depoimentos, provas periciais e demais evidências colhidas. A Justiça será comunicada da prisão e da representação por medida cautelar, e Luiz Felipe deverá ar por audiência de custódia.