PERIGO ESCONDIDO

Medidas simples evitam aparecimento de escorpiões em residências

Por REDAÇÃO | PREFEITURA DE JUNDIAÍ
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DIVULGAÇÃO/PMJ
Ao ser picado por um escorpião, os sintomas iniciais mais comuns são dor, sensação de ardência e inflamação no local, mas a gravidade depende da espécie
Ao ser picado por um escorpião, os sintomas iniciais mais comuns são dor, sensação de ardência e inflamação no local, mas a gravidade depende da espécie

Mesmo neste período, em que as temperaturas estão mais amenas, pode ocorrer o aparecimento de escorpiões com suas picadas que podem levar a vítima a ter vários problemas de saúde. De acordo com a Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), vinculada à Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), algumas medidas simples podem evitar acidentes.

Entre as principais ações que precisam ser adotadas pelos munícipes, o coordenador da VISAM, veterinário Luis Gustavo Grijota Nascimento, destaca o descarte correto de lixos e inservíveis. O acúmulo de resíduos e de entulhos, lixo, tijolos e madeiras empilhadas no interior dos imóveis ou nas áreas públicas, serve de abrigo para animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e serpentes, ou de algumas de suas presas, como as baratas e outros insetos, e para roedores.

As galerias pluviais e de esgotos também precisam estar livres de resíduos e de lixo. Outras ações recomendadas são providenciar a instalação de barreiras físicas que impeçam o abrigo e o de escorpiões ao interior dos imóveis, como ralos escamoteáveis (tipo abre e fecha); colocação de rodinho na parte inferior das portas; vedação de frestas e rachaduras em paredes, pisos e janelas; instalação de telas milimétricas em janelas; e vedação e limpeza constante das caixas de gordura dos imóveis, que podem albergar quantidades grandes de baratas.

“Atualmente, muito tem se divulgado que as galinhas domésticas ou as galinhas d’Angola também auxiliam no controle das infestações, mas essa ação não é eficaz. Apesar das galinhas predarem esses aracnídeos, elas são diurnas e os escorpiões são noturnos, permanecendo abrigados durante o dia, iníveis e protegidos dessa predação. Além disso, a maior parte das infestações são provenientes das galerias de água e esgoto, ambientes em que as galinhas não têm o, e os consequentes encontros ocorrem dentro das residências, a partir de ralos mal vedados, e as galinhas não costumam frequentar o interior dos imóveis. Assim, a adoção das medidas indicadas é o recomendado para o controle dos escorpiões”, ressalta Grijota.

Em Jundiaí, as espécies mais encontradas são o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), que costuma habitar nas galerias de águas pluviais ou de esgoto, e o escorpião marrom (Tityus bahiensis), predominante em áreas menos urbanizadas ou rurais, em ambientes com acúmulos de material e/ou vegetação densa.

Grijota explica que o Município segue as diretrizes do “Manual de Controle de Escorpiões” do Ministério da Saúde, que orienta as prefeituras sobre as ações necessárias para prevenir e controlar a população desses artrópodes, especialmente em áreas urbanas.

“O Ministério não recomenda a aplicação de produtos químicos para controle das infestações desses animais pela rede de saúde. De maneira permanente, realizamos o monitoramento da população de escorpiões, além de ações preventivas e de controle, incluindo vistorias zoosanitárias em locais com relato de aparecimento e em áreas de infestação, colocação de armadilhas em pontos estratégicos, investigação epidemiológica de todo acidente ocorrido e, principalmente, orientação à população”, esclarece.

A VISAM também orienta que, no caso de encontrar escorpião no imóvel, sempre que possível e seguro, deve-se matar ou aprisionar o animal em um pote ou vasilha e encaminhá-lo ao órgão, localizado na rua Bandeirantes, 375, Vila Municipal. Em caso de recorrência, orienta-se solicitar uma vistoria pelo 156.

O que fazer em caso de picada

Ao ser picado por um escorpião, os sintomas iniciais mais comuns são: dor, sensação de ardência e inflamação no local. A gravidade da picada depende da espécie e da quantidade de veneno injetada, sendo que em crianças as consequências podem ser mais graves.

De imediato, deve-se procurar atendimento médico, preferencialmente nos pontos estratégicos com disponibilidade de soroterapia. Se a ocorrência for em crianças e adolescentes, o atendimento em Jundiaí ocorre no Hospital Universitário (HU), localizado na Praça da Rotatória, s/n.º, no Jardim Messina. Já os demais pacientes devem procurar o Pronto Atendimento Central do Hospital São Vicente, na rua João Lopes, 78 — Praça Dom Pedro II.

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