
A Embraer divulgou nesta quinta-feira (12) um relatório sobre o potencial a ser explorado para aprimorar a conectividade aérea dentro do continente africano. O estudo é abrangente e reforça o papel central da melhoria das viagens aéreas no impulsionamento do crescimento econômico e do desenvolvimento em toda África. O relatório foi divulgado na conferência AviaDev, em Zanzibar, na Tanzânia.
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Apesar da África representar 18% da população global, ela contribui com menos de 3% do PIB mundial e com apenas 2,1% para o tráfego global de ageiros e cargas aéreas, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês). Essa disparidade tem papel importante na conectividade aérea limitada do continente, um gargalo significativo no desenvolvimento econômico e da aviação da África.
O relatório identifica a necessidade de mais voos diretos, mais frequências, hubs eficientes, tecnologia aprimorada e de parcerias/alianças mais fortes. O estudo também destaca a importância do foco em aeronaves de tamanho adequado e na experiência do ageiro.
Potencial.
O PIB da África tem crescimento estimado de 3,8% ao ano nos próximos 20 anos, com expansão da receita por ageiro por quilômetro (RPK, na sigla em inglês) projetada em 4,4% ao ano, superando as taxas de crescimento na Europa e América do Norte. Embora a África tenha a menor disposição de viajar do mundo, seu potencial de crescimento é imenso. O desenvolvimento da conectividade regional será um impulsionador fundamental desse crescimento.
Atualmente, 64% dos mercados regionais africanos são atendidos com sete voos semanais ou menos, indicando uma oportunidade significativa para aprimorar a conectividade. Muitos mercados de origem e destino (O&D) africanos permanecem pouco ou totalmente não atendidos por voos diretos, forçando alguns ageiros a fazer conexões em hubs distantes, localizados na Europa ou no Oriente Médio.
O relatório da Embraer identifica 45 rotas regionais não atendidas por voos diretos atualmente. Essas rotas poderiam ter múltiplos voos diretos semanais em serviço, apoiando o crescimento econômico regional. As 10 principais rotas poderiam acomodar pelo menos três voos diretos por semana com uma aeronave de 100 assentos.
O relatório também utiliza uma curva de estímulo desenvolvida pela Embraer com foco no continente e baseada nos dados de tráfego dos últimos 10 anos, que estima o número esperado de ageiros com a abertura de uma nova rota sem escalas. Os dados mostram que o fator de estímulo varia de acordo com o tamanho do mercado. Por exemplo, um mercado com 50 ageiros antes da abertura de um voo direto, verá um aumento de 40% na demanda. Para um mercado menor, como de 20 ageiros, a abertura de um voo direto resultaria em um aumento de 80% na demanda.
Operações de hub eficientes e frequências aumentadas também são cruciais para melhorar a qualidade da conectividade, oferecendo aos ageiros maior flexibilidade e conveniência.
Aeronaves com capacidade adequada, como o E2 da Embraer, são essenciais para desenvolver a conectividade em mercados fragmentados. Essas aeronaves oferecem custos de viagem mais baixos e maior alcance, tornando-as ideais para rotas de curta e média distância, e se destacam na abertura, sustentação e crescimento de novas rotas.
"Este relatório, e os dados por trás dele, destacam o potencial significativo para novas rotas e para melhorar a conectividade de hubs em toda a África. Ao adotar a aeronave adequada e ao aprimorar as viagens aéreas regionais, a África pode viabilizar novas oportunidades econômicas, melhorar a experiência geral de viagem para milhões de ageiros e desencadear o potencial econômico do continente," afirma Stephan Hannemann, vice-presidente sênior de Vendas e Marketing e Head de Aviação Comercial da Embraer na África e no Oriente Médio.
"A AviaDev África dedica-se a apoiar o desenvolvimento da conectividade aérea com destino, origem e no interior da África Subsaariana. O novo relatório da Embraer ilustra as vastas oportunidades já disponíveis para oferecer uma melhor conectividade regional na África e garantir um futuro robusto e resiliente," afirma Jon Howell, CEO e Fundador da AviaDev.