JEJUM DE MENTIRA

Conheça a dieta que engana o corpo e queima gordura

Por Bia Xavier/JP |
| Tempo de leitura: 2 min
Imagem: Freepik
A dieta é uma opção para iniciar a reeducação alimentar sem jejum extremo
A dieta é uma opção para iniciar a reeducação alimentar sem jejum extremo

Ficar horas sem comer já não é a única saída para quem busca os efeitos metabólicos do jejum. A Dieta Imitadora do Jejum (DIJ) tem ganhado destaque por propor um atalho curioso: fazer o corpo acreditar que está em jejum, mesmo comendo — ainda que pouco. O protocolo, feito por poucos dias consecutivos, limita drasticamente as calorias e foca no consumo de alimentos de baixo índice glicêmico. A ideia é estimular processos internos como a autofagia e a queima de gordura, sem exigir abstinência total de comida.

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Como funciona a estratégia

Durante os cinco dias da dieta, a alimentação é altamente controlada: entram vegetais pobres em amido, gorduras boas (como azeite de oliva) e poucas proteínas e carboidratos. O consumo calórico é reduzido ao mínimo necessário para enganar o metabolismo e simular os efeitos de um jejum prolongado.

Diferente do jejum intermitente tradicional — que exige longas janelas sem comer —, a DIJ permite refeições leves e específicas, mantendo o corpo em um “modo econômico” que ativa benefícios celulares típicos do jejum verdadeiro.

Mesmo parecendo mais fácil que um jejum total, a Dieta Imitadora do Jejum deve ser feita com acompanhamento profissional.

Quem pode se beneficiar

A dieta é vista como uma ferramenta útil para quem deseja iniciar uma reeducação alimentar sem o impacto drástico de jejuns absolutos. Também pode servir como um “reset” metabólico para dar início ao emagrecimento ou melhorar marcadores de saúde.

Segundo especialistas, a DIJ pode ajudar quem não se adapta bem ao jejum convencional ou tem histórico de compulsão alimentar. Por outro lado, não é indicada para todos.

Contraindicações e possíveis efeitos colaterais

Apesar de parecer mais branda, a DIJ exige cautela. A queda calórica pode gerar efeitos como fadiga, dores de cabeça e irritabilidade, principalmente nos primeiros ciclos. Pessoas com hipoglicemia, distúrbios alimentares, doenças crônicas não controladas, idosos frágeis, gestantes e lactantes devem evitar o protocolo.

A dieta também pode ser arriscada para quem usa medicamentos específicos ou tem grandes demandas energéticas, como atletas em treinos pesados.

Benefícios relatados pela ciência

Estudos associam a dieta a melhorias na pressão arterial, na sensibilidade à insulina e no controle de colesterol e glicemia. Há ainda indícios de que a DIJ favorece a regeneração celular e ajuda a reduzir a gordura visceral — tudo isso sem causar compulsão alimentar.

Outro ponto destacado é o efeito positivo na saúde cardiovascular e na regulação da fome, já que o protocolo evita picos de insulina e mantém os níveis de energia estáveis com refeições pequenas e balanceadas.

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